quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

3. Ação e Reação Mental com os "clientes" do OJ

3. Ação e Reação Mental com os  “Clientes” do OJ
O comportamento das pessoas com quem interagimos não podemos mudar. Mas a nossa ação e a reação (ou até mesmo "não reação")  no relacionamento com os outros é possível alterarmos. Ou seja, não podemos mudar os outros, só a nós mesmos.
É uma questão de auto-conhecimento e auto-percepção.
Em que momentos do trabalho fico mais tenso?
Costumo ficar ansioso? Quando fico, isto afeta a rotina com esquecimentos  ou procedimentos  não tão corretos do que quando estou calmo?
Como o medo (da violência, do trânsito, dos “clientes”) afeta meu dia de trabalho?
Sinto raiva frequentemente, seja dos “clientes” ou de meus superiores?
Ajo com prejulgamentos e preconceitos com relação aos destinatários dos atos judiciais?
Podemos não perceber, mas estes componentes de tensão, ansiedade, medo, raiva e prejulgamentos estão muito presentes na rotina de trabalho de um oficial de justiça.
Estes estados mentais condicionarão nossas ações, condicionarão a reação das pessoas com que interagirmos e, mais importante, influenciarão nosso ânimo e bem-estar ao final dos dias, meses e anos que passamos cumprindo mandados.
No próximo post “O sentimento de raiva no trabalho do oficial de justiça”
Paz e Luz! Beto Vasquez

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

2. É possível ser o mensageiro da desgraça e ficar em paz?

Para iniciar, abordaremos o ato mais simples das tarefas de um oficial de justiça, o de entregar um papel contendo uma ordem judicial.

Mesmo nesse ato mais simples e aparentemente menos impactante do que uma penhora, uma remoção de bens, um despejo, é importante percebermos o efeito psicológico e espiritual que uma intimação pode causar em alguém,  quando  por oficial de justiça. Com o carteiro (AR), esta interação mental/energética/espiritual praticamente inexiste,  pois é só o carteiro conhecido do dia a dia que traz um documento que precisamos assinar.
Já o oficial representa no inconsciente o estado, o governo, mas principalmente aquele opositor que vem nos acionando ou agora inicia uma ação. Há toda uma carga de problemas emocionais não resolvidos com quem nos governa, mas em especial com quem estamos em desentendimento.
Nosso “cliente”  é pego sempre de surpresa.  Está em seu lar ou no seu trabalho, realizando suas atividades rotineiras, em uma sintonia mental diferente. Às vezes mais elevada, outras menos, muitas já tendo planejado mentalmente o que fará e falará quando for encontrada pelo oficial. Mas não sabe o que ocorrerá no minuto seguinte, quando  receberá o oficial de justiça, representando tudo que representamos no inconsciente coletivo, e lhe comunicaremos algo que está escrito no mandado.
Até os que são beneficiados pela justiça também ficam em um certo estado de tensão aos nos receber. Apesar de serem autores na ação da qual temos o mandado, tem eventualmente outros problemas que podem colocá-los no lado contrário.
Quem já recebeu um colega oficial de justiça em sua casa ou trabalho sabe do que estamos falando. É importantíssimo colocarmo-nos no lugar dos milhões de seres humanos que contatamos todo mês para percebermos como se sentem e, a partir daí, tentarmos mudar nosso padrão de  reação, às vezes já automatizado por anos de prática. Deixando claro que o fato de compreendermos o sentimento alheio não significa de forma alguma que deixaremos de cumprir nosso trabalho como determina a lei.
Devemos cumprir  nosso trabalho trocando menos energias com nossos “clientes”, afetando-nos menos negativamente e, consequentemente, também não os afetando além do  sofrimento imposto que ordem judicial possa ter lhe levado.
Como nos sentimos ou nos sentiríamos ao receber um oficial de justiça em nossa porta? Mesmo que ao final fosse apenas um engano de endereço, ou uma notícia que não fosse contra nós, o aviso de que há um oficial de justiça nos esperando nos coloca psicologicamente em alerta. O que será? Devo algo e estaria sendo cobrado? Não me precavi suficientemente em alguma transação? Alguém poderá estar me acionando injustamente? É algo daquela ação que já sei existir contra mim?
Há, sem dúvida, toda uma energia mental e espiritual trocada nesta ação simples, quando apenas intimamos alguém.
No próximo post,  aprofundaremos em Ação e Reação Mental com os “Clientes” do OJ.
Paz e Luz! Beto Vasquez, oficial de justiça

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Introdução ao Guia de atuação espiritualizada de um Oficial de Justiça

1. Introdução
Este guia, em forma de blog (http:\\ojsdapaz.blogspot.com) está sendo concebido para auxiliar os oficiais de justiça na realização de seu trabalho sem que afetem-se  psicológica e espiritualmente no dia a dia. Seja na área cível, criminal, trabalhista, de família, fiscal, etc. , se uma das funções do judiciário é promover a paz social, também objetiva que o impacto negativo nos destinatários das ordens judiciais seja menor, do mesmo ponto de vista (espiritual/psicológico)
O termo "espiritualizado" não significa necessariamente o vínculo a qualquer religião. Mesmo que pudesse ser aplicado a qualquer religião reencarnacionista, como o budismo, o hinduísmo, o espiritismo ou o judaísmo, significa que poderá auxiliar mais àqueles que compreendem a existência de algo além do que a carne, a matéria, o aqui e agora, quer chamemos isto de espírito, de alma, de mente ou qualquer outro termo que nos leve a esta percepção.
Por franqueza, é importante dizer que sou espírita, seguidor de Kardec, Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco e tantos outros, por compromisso filosófico-doutrinário, científico e religioso.
Aos que compreendem que a lei física de ação e reação aplica-se também em nossa profissão, na família, em nossa conduta com o corpo e a mente. Que somos únicos e devemos evoluir continuamente.
Que o que retiramos desta vida são os relacionamentos que estabelecemos e o que aprendemos com eles. Sendo assim, o relacionamento mais intenso e constante da profissão de oficial de justiça é com os destinatários das ordens judiciais, nossos “clientes”. O que podemos aprender com eles? O que podemos ensinar? Qual a troca que estabeleceremos, positiva ou negativa? Podemos nos beneficiar espiritualmente neste aprendizado, nesta troca, mesmo ferindo o interesse dos outros?
Elaborado através da experiência prática de longos anos, tanto positiva como negativa, com árduo esforço de autoconhecimento, não usaremos termos do “juridiquês”, mas  os fatos em si. Mas, sendo sincero, creio que esta jornada é individual e cada caso é um caso, e que pode-se sim executar profissões de confronto como a de oficial de justiça de forma a promover a paz íntima, a paz social e o crescimento espiritual de si e do outro.
Talvez seja  uma das chaves para minorar os problemas de adoecimento, de insatisfação com o trabalho, stress, ansiedade, depressão,  que assolam estes profissionais em maior intensidade.
Os tópicos abordados no blog (http:\\ojsdapaz.blogspot.com) serão distribuídos gradualmente nos diversos meios de comunicação de rede que forem encontrados, tal como blogs, sites, listas de e-mails ou e-mails pessoais, aceitando indicações destes espaços e contribuições quanto aos conteúdos, para que ao longo do tempo possamos ter um material que sirva de auxílio aos milhares de seres humanos, oficiais de justiça, que interagem com milhões de outros seres humanos, destinatários das ordens judiciais.
Paz e Luz! Beto Vasquez, oficial de justiça
Próximo tópico: É possível ser o mensageiro da desgraça e ficar em Paz?


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